Resenha Nacional: Um amor para Penélope - Diane Bergher

Autor: Diane Bergher

Páginas: 438

Ano: 2017

Editora: Amazon

Gênero: Romance histórico/ de época

Adicione: Skoob Aqui

Onde Comprar: Amazon 

Nota: 9,00

Sinopse

A vida fez de Penélope uma mulher forte e tenaz. No início do século XX, o sonho de toda mulher é ter um bom casamento e filhos, exceto para Penélope. Prestes a completar 25 anos, Penélope apenas quer receber a herança deixada pelo pai, um inglês que a deixou no Brasil ainda menina, e abrir uma escola para moças em São Paulo. Prestes a realizar seu sonho, Penélope é chamada por sua madrinha Violeta para que acompanhe a jovem Flora nos eventos sociais do Rio de Janeiro. Sem poder negar um pedido de sua amada madrinha, Penélope parte para o Rio de Janeiro, onde é acolhida pela tradicional família Gusmão de Albuquerque. Dona de uma beleza incomum e de uma inteligência irreverente, Penélope acaba por ser cortejada por vários cavalheiros, o que desperta ciúmes no solitário e responsável Felipe Gusmão de Albuquerque, o primogênito de Violeta. Viúvo e com uma filha pequena para educar, Felipe não esperava se apaixonar pela afilhada da mãe e fará de tudo para mantê-la distante de sua organizada e planejada vida. Felipe entende que Penélope não reúne as qualidades necessárias para ser a esposa de um rico banqueiro e chefe de uma das mais tradicionais famílias do Rio de Janeiro. Atormentados pela forte atração que sentem um pelo outro, Penélope e Felipe sucumbirão ao desejo e um forte sentimento nascerá entre eles.

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Olá leitores, tudo bem?

Quem aí está a fim de um romance delicioso e apaixonante para adoçar o dia?

“Um amor para Penélope” é com certeza uma boa pedida!

Nesse romance de época o leitor vai fugir um pouco dos salões londrinos, dos bailes e temporadas, para apreciar os bons bailes e saraus das noites cariocas. Vai poder conhecer o que o Brasil tem de melhor a oferecer quando o assunto é cenário romântico.

Uma vez que mergulhei nas primeiras paginas desse livro, já fui completamente sugada para dentro desse universo que a autora criou.  Uma trama 100% nacional, explorando os encantos desse maravilhoso país. Fazendo me apaixonar por cada um dos personagens criados, tantos protagonistas, quanto os secundários.

E o melhor gente! Esse livro pertence a uma série, isso mesmo! E para a nossa alegria já tem um montão de livros lançados.

A Penélope, que é metade inglesa, metade brasileira, já é uma moça na casa dos 25 anos de idade, ou seja, uma solteirona. Apesar de ser possuidora de uma beleza estonteante ela jamais pensou em se casar, aliás, tinha planos bem delimitados para seu futuro e eles não incluíam casamento.

Quando ela recebe o convite de sua madrinha para passar uma temporada com ela e a família no Rio de Janeiro, nem de longe sonharia que viveria uma grande paixão. Ela já sabia que sua tia a tinha convidado na esperança de livra-la da solteirice, mas estava determinada em não modificar seu estado civil.

Entretanto, um belo espécime masculino, chamado Felipe, vai acabar abalando suas estruturas. Felipe era o filho mais velho de sua madrinha, portanto o chefe da família. Um viúvo ainda jovem e de boa aparência, pai de uma garotinha adorável chamada Eloise (que conquistou a Penelope logo de cara com seu jeitinho espevitado e doce, eu também tenho que confessar que fiquei encantada pela pestinha).

De inicio ela e Felipe não vão muito com a cara um do outro, mas aos poucos a atração ente ambos vai aumentando consideravelmente, até surgir uma paixão completamente avassaladora.

Felipe é um homem um pouco amargo, eu diria. Vai do intragável ao apaixonante em um piscar de olhos, e vice versa. Acho que muito da sua personalidade está ligado à sua relação com a falecida esposa, acredito que ela seja um pouco responsável por sua frieza e amargura.

Ás vezes, e não foram poucas, eu tive vontade de entrar no livro e dar umas boas chacoalhas nele, para deixar de ser tão machista e péssimo pai para sua filha.

Deixe-me explicar isso direito, ele não era bem um péssimo pai, mas não era dos melhores.  A pobre Eloise só queria seu afeto e que ele a notasse, mas ele era sempre um pai muito duro e frio, só sabia repreender a menina pelas coisas que ela fazia para chamar a atenção dele. Tiveram umas suas cenas que me cortou o coração ao ver o quando a garotinha sofria.

Com Penélope ele era diferente, era capaz de declarar seu afeto, demonstrar paixão e amor. Pode ser um pouco cruel de dizer, mas em diversos momentos ele demonstrava mais amor pela Penélope do que pela própria filha.

Nesse livro nós temos o Felipe apaixonado e o Felipe ciumento, ô homi que tem ciúme, meus Deus do céu!!! A Penelope sofreu um pouco com esse lado dele ao longo da trama. Mas chega de destacar o mau lado do Felipe, tirando tudo isso que falei ele é um homão da P*rra, do tipo que arranca suspiros e deixar a gente louquinha para ter um desse na vida real.

“Acostume-se, Felipe, pois pretendo ser uma mulher independente.”

As cenas românticas ente o casal são sempre muito quentes, bem detalhadas, mas a autora Diane Bergher soube muito bem escrever um livro sexy sem ser vulgar kkkk.

Chega dá um calor falar nesse assunto kkkkk.

Sobre a Penélope posso dizer que é uma personagem que além de bela é encantadora, é o que torna muito fácil se apaixonar por ela, torcer para que tudo dê certo na sua vida. Gostei muito do fato de que ela “adota” a Eloise como sua protegida, está determinada a dar todo o carinho e amor para aquela garotinha que merecia tanto o afeto de alguém. Inclusive, algumas vezes ela acaba enfiando o pé na jaca achando que está fazendo a coisa certa.

“- Ser uma dama é enfadonho, Peny. – Eloíse estava coberta de razão. Aos homens era permitido tantas coisas mais agradáveis como cavalgar escarranchado e não precisavam usar espartilhos sufocantes também.”

Esse livro vai muito além do romance entre o casal principal, a história não gira apenas em torno deles, ao contrário! Nós temos um mundo enorme para explorar dentro da obra da Diane Bergher.

Os personagens secundários também merecem tanto destaque quanto os protagonistas. É impossível não se apaixonar pela inocente e delicada Flora, irmã de Felipe, seu jeito doce já conquista o leitor logo de cara.  Dentro desse livro nós podemos ver o surgimento do romance dela com um tal Russo gostosão (que aliás, quero muito conhecer).

 A matriarca da família também é um amor, mas quem conquistou meu coração mesmo foi o Bento, irmão mais novo do Felipe. Ele é o melhor tipo de libertino, o encantador, que faz a gente, sorrir, rir e se apaixonar. Estou aqui louca para poder chegar logo na história de amor dele, e poder conhecê-lo mais de pertinho kkk.

O Danilo, rival de Felipe pela atenção de Penélope, é outro personagem encantador, mesmo eu torcendo para que a Penélope vivesse um grande amor com o Felipe eu também rezava para que ela não magoasse o Danilo. Só espero que a Diane Bergher consiga fazer uma história de amor à altura do que o Danilo mercê (está ouvindo né Sra. Diane?)  kkkk.

Nós não estamos na alta sociedade de Londres, mas temos direito à presença de um Duque, que, aliás, nos honrou e fez eu me apaixonar por sua ilustre presença, já quero romance com ele também Diane, anota aí.

Sabe aquela sensação de terminar o livro e ainda querer mais, de tão boa que foi a história, de tão densos que foram os personagens? Pois é, eu amo quando isso acontece. Senti isso nesse romance e já não vejo a hora de me entregar às outras histórias dessa série Belle Époque que ganhou o meu coração.

Recomendo demais essa leitura, se ainda não leu “Um amor para Penélope” não sabe o que está perdendo.

“ {...} Você é como uma dessas flores, melhor, você é a rainha dessas flores, você é minha paixão!”